Da janela, podia ver a chuva molhando o vidro. O frio me fez abrir um Carmenere, que combinou perfeitamente com o clima cinza e tenso do livro.
Elisa caminhava pelo parque e o tempo nublado não atraiu ninguém, então ela continuou sua atividade física, sozinha como sempre. Até que um homem apareceu em sua frente. Parecia alcoolizado e confuso, porém isso não impediu que ele se atirasse sobre ela.
O vinho esquentou minha garganta, e o medo que senti por Elisa, fez meu coração acelerar.
O cheiro das folhas úmidas no chão de terra, entrou por minhas narinas, assim como o tanino envolveu meu paladar.
Ela chegou em casa com as roupas sujas de terra e sangue, no dia seguinte, não se lembrava de nada e o homem foi encontrado morto no parque.
As nuances de terra e frutas maduras, acompanhadas de um leve picante, foram a companhia ideal para o que está por vir na vida de Elisa.